sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Ruela

Eu entrei por aqueles cantos
Me escondi com os teus servos
Das canelas são como pombos
São a ruela da tua morada

Embriaguei nas tuas calçadas
Um mundo de nostalgia
Eu dobrei as tuas esquinas
Esfomeado de alegria

Eu enterrei todos os ossos
Queimando ao sol de meio-dia
Numa caveira com farinha,
O que Bete Faria?

Eu pisarei nas lacraias compridas,
Eu pisarei na merda, porcaria!
Ao sair desta avenida
E andar pela ruela fedida.