quinta-feira, 28 de maio de 2009

Remoto

Para que tanto calor?
Meus sentimentos não são,
Além do computador,
O toque das minhas mãos.

Eles vão muito além disso.
Pode parecer vazio...
Pode parecer omisso...
Pode até parecer frio...

Mas todos são tão reais
Que arrebentam os laços
- Quase sobrenatuais -
Vencem a distância e espaço.

Não grite pois não estou perto.
Algo te prometerei:
Fique com os braços abertos,
Teu coração ouvirei.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Palavra

Queria poder te dizer como me sinto,
Mas é difícil expressar-se apenas com palavras...
Quero que você acredite nelas,
Por serem o conteúdo do meu coração.

Porque, se você não acreditar,
O que farei eu com todas as músicas que escolhi para nós?
Cada uma cuja letra mostrava uma parte de nossa história...

O que farei eu com cada segundo que passei sonhando contigo?
São os sonhos que mais desejei que sejam reais...

O que farei eu se tudo que eu tenho de mais puro, sincero e honesto não significar nada para você?
Justo o que guardo de melhor em mim...

Eu daria minha própria vida para te proteger,
Eu desistiria da minha própria vida para fazê-la entender o quanto amo você,
Mas isso seria tão triste porque eu não te daria uma segunda chance.
Estou disposto a mudar o futuro, o presente e, por você mudo até o passado.

Desculpe-me se eu fiz algo que você não gostou.
Desculpe-me se amei você da forma errada.
Mesmo que não queira me amar, por favor, acredite no meu amor,
Pois eu sei que ele é tão real quanto essas lágrimas que nasceram de mim.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Sete Dores

Se a dor me faz sentir vivo
Prefiro não sentir nada
Sei por ser bem instintivo
Minha mente está acordada

Martelem minha cabeça
O que fazer eu já sei
Não espere que eu obedeça
Meu cranio não arrancarei

Pareço estar numa guerra
Corpos jogados no chão
Mortos e vivos com dores

Indo de volta a terra
As estações passarão
O sangue dá rubras flores

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Iziste

Nunca tive tudo que quis,
E o pior é saber que tudo que quero existe.

Nunca deixei de ser feliz,
Porque entristeceria quem me visse triste.

Nunca mostrei minha cicatriz,
Mas sei que pela eternidade ela subsiste.

Nunca fixei minha raiz,
Por não ser nômade o povo que me assiste.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Sonhalidade

Outra noite calmamente chegou.
Começo a procurar por seu amor
Pelas ruas, onde ninguém andou,
Dos sonhos que causam frio e calor.

Atravesso toda uma tempestade
Enfrento a fúria de um vulcão
Cruzando quilômetros desta cidade.
Cabisbaixo, vencido, fito o chão.

Do reflexo da lua na poça de lama
Projeto meu corpo em direção ao espaço
Trago a luz do sol para iluminar a cama,
e acordo a fingir que ainda te abraço.