Estava eu meditando, sentado na grama do meu jardim, quando repentinamente minha visão fica distorcida, as cores começam a avermelharem-se e o calor toma conta daquela noite.
As nuvens afastam-se da lua como se estivesse ela abrindo uma passagem, uma comunicação com nosso solo.
O vento frio que batia em minhas costas descobertas tornava-se mais frio com o sereno depositado, ao passo que meu traseiro molhado derrapava na grama lentamente em direção ao meu copo de limonada suíça.
Foi quando senti o vento parar de tocar-me diretamente, e percebi a presença dum outro ser que, antes mesmo que eu pudesse pensar em reagir, bradou suavemente: "Vai começar o jogo..."
Antes da criatura terminar sua fala, tentei levantar-me e dar-lhe um soco giratório, enquanto ela terminava: "...da seleção".
Era a empregada Josina. Mas já era tarde demais, meu soco giratório acertou a Perereca Voadora que por ali passava naquele momento.
O Matereísmo é o movimento literário que busca a ruptura com o pós-modernismo através da não-ruptura, rompendo assim com todos os movimentos anteriores. Vem da consideração da matéria, do etéreo e do abismo paradoxal do definitivismo aleatório circular.
sexta-feira, 8 de março de 2013
segunda-feira, 4 de março de 2013
Nostalgia
Já senti isso antes
E me lembro ter sentido,
Mesmo não tendo sentido
Em todos os instantes.
Todas as coisas mudando
Para o que já eram,
Nada fica como fizeram,
Tudo foge de mando.
As sombras no chão
São das nuvens caminhar,
Que ao desviarem olhar
Ainda expressarão.
Sinto o cheiro da terra
Molhada da tempestade
Que lava a maldade
De quem ainda erra.
E me lembro ter sentido,
Mesmo não tendo sentido
Em todos os instantes.
Todas as coisas mudando
Para o que já eram,
Nada fica como fizeram,
Tudo foge de mando.
As sombras no chão
São das nuvens caminhar,
Que ao desviarem olhar
Ainda expressarão.
Sinto o cheiro da terra
Molhada da tempestade
Que lava a maldade
De quem ainda erra.
sábado, 2 de março de 2013
Reflexão
Eis que me vejo como estou
E estou como antes não estava
O que era limpo, já sujou,
Amarelou o que esbranquiçava
A luz agora dissipada
Ilumina
Perante a janela,
Caio sobre meus joelhos
E pego a flanela
Para limpar os espelhos
E estou como antes não estava
O que era limpo, já sujou,
Amarelou o que esbranquiçava
A luz agora dissipada
Ilumina
Perante a janela,
Caio sobre meus joelhos
E pego a flanela
Para limpar os espelhos
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