Seu olhar me tira as palavras
Não há adjetivos para descrever
Muito menos para fazer rimar
Os versos nascem do coração
Mas crescem como prosas
E morrem aos seus pés
Poderei eu te puxar a orelha?
Poderei eu te beijar a testa
Como faço de manhã e a tarde?
Quero ser o seu alquimista
Transformando a malaquita
Para sempre em lápis-lazuli.
O Matereísmo é o movimento literário que busca a ruptura com o pós-modernismo através da não-ruptura, rompendo assim com todos os movimentos anteriores. Vem da consideração da matéria, do etéreo e do abismo paradoxal do definitivismo aleatório circular.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Dia do Beijo
Hoje que do beijo é dia
Nada mais melhor rimaria
Do que a certeza que vejo:
A certeza que não beijo
Um dia como outro qualquer
Se diferencia se quiser
A rotina nos faz bocejar
Mas nela, prefira cantar
Dos lábios em movimento
Sopram-se os sentimentos
Quase beijam o microfone
Sem nem saber o seu nome
Coração com fome de amor
Queima as veias com furor
Seja mentira, seja verdade
O dia do beijo está tarde
Nada mais melhor rimaria
Do que a certeza que vejo:
A certeza que não beijo
Um dia como outro qualquer
Se diferencia se quiser
A rotina nos faz bocejar
Mas nela, prefira cantar
Dos lábios em movimento
Sopram-se os sentimentos
Quase beijam o microfone
Sem nem saber o seu nome
Coração com fome de amor
Queima as veias com furor
Seja mentira, seja verdade
O dia do beijo está tarde
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Sobre Uma Árvore
Sobre uma árvore
Encontro morcego
Ele voa em passagens
Quando passa, me deito.
Uma sombra de cobra
Com asas que se movem
De toda destreza
Pelo ar rarefeito
Do centro de Fortaleza
Ó que destristeza,
Eis que é chegado o momento
Em que o homem afundado
Perece ao fundo do lago
E dele renasce o destemido
Que verá o firmamento
E comprovará tudo que tem crido.
Encontro morcego
Ele voa em passagens
Quando passa, me deito.
Uma sombra de cobra
Com asas que se movem
De toda destreza
Pelo ar rarefeito
Do centro de Fortaleza
Ó que destristeza,
Eis que é chegado o momento
Em que o homem afundado
Perece ao fundo do lago
E dele renasce o destemido
Que verá o firmamento
E comprovará tudo que tem crido.
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