Imagens em mente, mentem, não sente?
Veja com as vendas que os olhos vedam
que o fruto da flor da árvore da semente
nascera dos pássaros que no chão defecam!
Sons em memória, calam, não ouve?
Ouça com os fones dos seus telefones
que o vento que sopra no pé de couve
é como a saliva que voa nos microfones!
Gostos em prazeres, apagam, não prova?
Saboreie com sanduíche e batata frita
a água de gosto de uma alma mais nova
como sangue da veia da boca que ainda grita!
Texturas em pele, misturam, não duram.
Acaricie uma pétala de uma rosa rosada
e sentirá que como os espinhos que furam
a pétala não dura se arrancada e mutilada.
Cheiros sem narizes, dissipam, aos poucos.
Como todos os gases do peido de Napoleão
que se tornaram moeda de troca dos loucos,
das cabeças dos capitalistas mais surgirão.
O Matereísmo é o movimento literário que busca a ruptura com o pós-modernismo através da não-ruptura, rompendo assim com todos os movimentos anteriores. Vem da consideração da matéria, do etéreo e do abismo paradoxal do definitivismo aleatório circular.
quarta-feira, 28 de março de 2007
terça-feira, 13 de março de 2007
Corra
Corra que a hora passa,
passe para que não fique
senão a multidão te amassa,
fácil e sem perder o pique.
Acorde que o sol queima,
terminou sua viagem sonhal.
Parta logo para tua freima
e viva tua vida mais mortal.
Coma que a hora chegou,
a comida que enche marmita
é feijão que você comprou
e a gosma que você vomita.
Queria eu ser você para ler,
sorridente, versos reversos.
Se fosse eu, teria de escrever
quanto meu leitor é perverso.
passe para que não fique
senão a multidão te amassa,
fácil e sem perder o pique.
Acorde que o sol queima,
terminou sua viagem sonhal.
Parta logo para tua freima
e viva tua vida mais mortal.
Coma que a hora chegou,
a comida que enche marmita
é feijão que você comprou
e a gosma que você vomita.
Queria eu ser você para ler,
sorridente, versos reversos.
Se fosse eu, teria de escrever
quanto meu leitor é perverso.
Assinar:
Postagens (Atom)