segunda-feira, 18 de junho de 2007

Não

Quando as nuvens dissipam-se no ar,
a paisagem torna-se conhecida e chata
e vigora a ociosidade que nos arrebata
é quando a mesmice vem nos assolar.

Não consigo ver rimas neste momento,
todas as coisas são repetidas e iguais.
Nem consigo ver o que eu queria mais,
ja entreguei-me à preguiça desatento.

E teus olhos hoje estão lacrimejantes,
chorando cristais em meu coração
cortando meu peito como diamantes.

Te olho com o que me restou de visão,
peço-te que inspires-me como antes,
então tu, musa, respondes-me "não".

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