sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Rotina

Eu nasci pra viver, nasci pra sonhar.
Nesta noite de estrelas brilhantes,
mesmo estando de mim muito distantes,
delas tentarei me aproximar, tocar.

Na lareira com o calor das labaredas
ou nos céus, voando cinza de fumaça,
viajarei por mares de vinhos em taça
e por montanhas com capim sem veredas.

Pintura de sorriso e extrema beleza,
seu rosto permanece em minha mente,
pois em toda bela visão que aparente,
não passa de um esboço seu da natureza.

E por mais que você possa fugir de mim,
meu coração sempre me aplica o castigo
de sonhar com você e não acordar contigo
e esperar da realidade de um triste fim.

Nada vale a pena. A noite é bem pequena.
Mas a tristeza que me traz o sol matutino
de acordar repetidamente no mesmo destino
não é capaz de ferir minha alma serena.

E começaremos e terminaremos sem aloite
depois de voarmos juntos em sonhos
e pousarmos despedindo-nos risonhos,
prepararemo-nos de dia para outra noite.

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