quarta-feira, 4 de abril de 2007

Medo

Espere-me, mas não voltarei cedo.
Sinuosos caminhos, mundo pequeno.
O tempo passa suave, eu não temo.
Mas temer algo é meu maior medo.

Aconteçam meus passos à frente,
meu futuro será o que foi passado.
Vou driblando, avançando apressado,
indo à volta da origem no presente.

Incertezas me aguardam, eu sei,
mas num mundo injusto circular
se sofre mais à corrente quebrar,
então por querer crescer, mudei.

Receio em escrever minha história,
não ouso correr neste túnel escuro.
Das voltas e narigadas nos muros
a luz da saída me saiu da memória.

Temo ir para o Oeste e para o Norte.
Não será meu destino final, afinal,
mas como sou mais um mero mortal,
cada passo que dou, preciso de sorte.

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