quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Trono

Oh lua de madeira que escurece no mar,
vales tu mais que o negativo nada
se nua na telha não soubesse nadar
como o bolo que fura o sabão na escada?

Oh estrelas de sebo que voam na terra,
por que tua luz cinza não tinge as mãos
daquele mudo sem braços que berra
por nascer filho do neto dos seus irmãos?

Que sons são esses papeis na entranha?
Têm cheiro de milho com polvo ou atum,
misturados com camarão de lasanha.

Se imprimisse todos, mas só usasse um,
conseguiria com minhas patas de aranha
fazer meus versos limparem bumbum?

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