Bate o ponteiro, bate o ponteiro,
treme a parede, treme a cabeça,
e por mais incrivel que pareça
dói a minha cabeça o dia inteiro.
A mente perfurada com o som
é como o buraco que eu furo:
A cada centímetro pelo muro
desafina-se mais em seu tom.
Pedaços se soltam aos poucos
e se amontoam pelo gélido chão.
O pó limitando minha respiração
como a camisa que é dos loucos.
Não dão sossego ao pensamento
os ponteiros que vieram demolir.
Concentrar-me-ei para conseguir
fechar essa folha de pagamento.
Por que fazem orquestra tão má
se poderiam escrever poesia
ou até trabalhar numa padaria
assando pães e bolos de fubá?
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