quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Aperto

Mendiga, para que tu saibas,
Meu uniforme é de esquilo que nada,

Os frutos que tu colhias
E com sorriso comias,

Entalaram na digestão
Como a flor da torta de limão.

Com o formato do bico da poma
Da tua superstição

Que parece o condiloma
da bruxa da história de Maria e João

São os líricos da percussão
Tocando nas fossas em construção

Perto dos meus dedos,
Perto das minhas rodas,

Tu lembra do uredo
Tu lembra da nódoa

Tu me mira e arrota
Dentro da sua própria moda.

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