quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Sem Perceber

Na primeira noite, levantei-me leve em solo desconhecido.
Estava dormente, por completo, não sei por quanto tempo havia dormido.
Em minha mente o desejo de te ver me fez correr como vento,
Pela noite escura que nem me tocava o relento, cheguei ao teu apartamento.

E por mais alto que grite, tu não te levantas da cama.
Não atende aquele que com esforço te chama...
Apenas deixa-me perceber que o que molha tua cama
São as lágrimas daquela que ainda me ama...

Hoje sei que não há mistérios entre dois amantes sérios debaixo dos lençóis.
Sei que não há adultérios neste momento em que sós, estamos debaixo dos lençóis.
Você é a vida que sopra-me, você é a maior parte de mim enquanto debaixo dos lençóis.

Teu sonho escapa pelos vãos e vai voando pro véu do céu de mais uma noite,
Que passaremos debaixo dos lençóis. E teu sonho me diz estou tão frio:
O triste silencio de meu coração anuncia a solidão de tua oração,
Debaixo dos teus lençóis de algodão, longe dos meus lençóis de chão.

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