Desfaz-se do doce ardor do fel
a viciosa delícia da dor,
que esguicha vermelha do corpo
e tinge sua pele sem cor.
E como um paladino, cavalgo
por estes trilhos do pecado
quais reluzem espadas cortantes
nos rostos de dor dos empalados.
Se, fissurado em seus gemidos
torna-se maldito o que era trágico,
do amargo e quente liquido corado
torna-se o lábio ensangüentado.
Deste saboroso rato que alimenta
dá-me de provar teu valioso sumo
que pedes-me que te apimente
e teus restos faz-se estrumo.
Mas durante minha loucura
já não sabe como aproveitar.
Finge, tenta, mas não segura,
pois desaprenderas a chorar...
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