quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Apaguem os Versos de Mim

Apaguem os versos de mim,
essas palavras não falam!
Obra dos dias que passaram
cuja chatice não tinha fim.

Nós ouvimos passos da morte.
Relógio de parede taqueando
e versos no teclado, teclando.
Apostaria se tivesse a sorte?

Posso por momentos esquecer
ao lembrar dos olhos, a olhar.
E ela está em seu melhor estar
que meus olhos poderiam ver.

Toda aleatoriedade criada
se transforma em inspiração.
Nascem-me versos que serão
cortantes como espada afiada.

Espada que encravo no peito.
Quanto mais nela eu penso,
mais aumenta o saldo tenso
por pensar em não ser o eleito.

Da gratidão com ódio e amor,
pelas cotas da minha existência
com alusão à sua experiência.
Atenda ao meu pedido, por favor.

Apaguem os versos de mim,
essas palavras eu não falei!
São desejos que não queimei
com ardente chama carmesim.

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