segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

A Travessia

Vultos que voam nos ventos da vagueza,
sois obra de minha mente ou da natureza?
Sombras que vão no vão da escuridão,
sois produtos da noite ou da solidão?


Caixas empilhadas em poeira no canto,
contendes mais armas para o povo santo?
Homem sentados em belas cadeiras,
transformareis os soldados em caveiras?

As pessoas que me esperarem no paraíso
esperarão-me até o dia do último juízo?
Os versos que me deram esta glória
Sumirão sem entrarem para a história?

E, de que outras maneiras eu poderia
transformar minha alegria em poesia?
Todas minhas paixões numa só orgia?
Minha longa jornada em curta travessia?

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