terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Silêncio

Silêncio extinto. Ouvidos famintos.
Falar o quê? Música no karaokê.
Não pressinto. Apertem os cintos.
Sem balê, só me alegraria você.

Mas ao sumir toda essa beleza,
pomos a culpa na velocidade.
Não ouvimos os sons da natureza,
nem há mais silêncio nessa cidade.

Grite e corra, corra na correria!
Sebo nas canelas e você some.
Corra e grite, grite na gritaria!
Tão grande boca! Morcego come.

Não encontra-se mais paz aqui,
seus pensamentos ainda falam.
Escandaloso vendedor de caqui,
tenta empurrar os que sobraram!

Risos e gargalhadas, choro só.
Nostálgica madrugada amarelada.
Palavras cruzadas te dão nó,
és mais uma pessoa silenciada.

Nenhum comentário: