Hoje o vento sopra,
as folhas balançam,
os frutos se lançam
e a árvore dobra.
No céu uma nuvem,
na terra, há outras
de poeiras soltas,
com cor de ferrugem.
Ela em sua cabana
põe cartas na mesa
a par de sua beleza
de origem africana.
A sorte salvadora
e sua habilidade
fazem-na celebridade
enquanto jogadora.
Do rei de espadas
à de copas rainha
afinidade mantinha.
Cartas embaralhadas.
Com valete de paus
e com um ás de ouro
fez-se o seu tesouro
ganhando dos maus.
Começou a andar torta.
Amparou-lhe o curinga.
Com uma garrafa de pinga
guiou-a até a sua porta.
E em sua cabana de pau
a espada fere-a no coração.
Fugindo com ouro na mão
o curinga não deixou sinal.
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