segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

O Paladino

Nossa origem é a mesma, mas tu me feres.
Nosso destino é o mesmo, queres antecipação.
És obra do ódio, feita para cortar sem ver a quem.
Sou fruto do amor, feito para aquecer o coração.
Seria fruto do amor quem te empunha também?

És fria e sequiosa de meu sangue quente e vermelho,
e teu fio é a saída da chama negra da alma humana.
Sou quem tu cortas, por ser quem te sustenta e guia.
Brilhas em cada centímetro de existência profana,
E teu fim será na ferrugem pela minha sangria.

E derrotados por nossas próprias conquistas,
quando ambos deitarmos neste solo amargo,
voltaremos à origem, que é nosso destino,
para levantarmos de mais um breve letargo
para que eu seja a espada, e tu, o paladino.

2 comentários:

Nievinski disse...

Muito boa essa hein!!!

Anônimo disse...

Essa é uma definição, não completa, porém definitivamente e exclusivamente correta do que deve vir a ser o nosso pretigiádo Matereísmo. Quem escreve como escreveu às palavras de "O Paladino" é quase certamente o Às desse baralho de textos.
(Cometário crítico)